ENTREVISTA A VERA FERNANDES

quarta-feira, 30 de outubro de 2013




Entrevista por: Inês Cardoso

Vera Fernandes, mais conhecida por Verinha Mágica na Cidade FM, esteve hoje connosco para nos revelar alguns dos seus segredos. Nascida a 10 de Setembro de 1982 em Lisboa, tem apenas 31 anos de idade e uma carreira como jornalista invejável, conseguida com muito empenho e dedicação. Acabou os estudos e logo percebeu que a sua vocação estava na área da Comunicação. Assim, entrou para a faculdade e desde logo começou a trabalhar numa rádio local, vivendo unicamente disso mesmo sem o seu pai acreditar. Diz viver para a música e para o sushi, sonha ter cães, filhos e um terraço.


            Vera, quer-nos contar como tudo começou?
Na secundária, estava em Economia e quando chegou a hora de decidir o curso da faculdade, percebi que não estava no sítio certo. Fui à psicóloga da escola, ela deu-me um calhamaço com profissões e eu decidi: quero ser jornalista. Entrei para Comunicação, comecei a estagiar numa rádio local a ler o trânsito e notícias e pensei: acho que gosto mais daquilo que aquele ele está ali a fazer. Diz o que quer e põe música. Mudei para outra rádio local, já na área musical e, no final do curso, mandei o meu Curriculum para a CidadeFM. Eles acharam piada à miúda e cá estou eu.

            Sente-se completamente concretizada profissionalmente?

Sim, agora estou muito satisfeita mas gostava que os desafios profissionais continuassem a surgir na área da rádio, televisão, moda, escrita. Gostava que o meu percurso profissional fosse tudo menos rotineiro. Sou muito criativa e gosto de desafios, o ideal será continuar na rádio (que é a minha especialidade) e paralelamente concretizar outros projectos.

  Qual foi o momento de rádio que fez e que mais a marcou?

         Positivo: todos os anos em que estive na rua a fazer reportagens diárias com Verinha Mágica para o programa da manhã e tarde da CidadeFm. Todos os dias falava com dezenas de pessoas, tinha peripécias diferentes, acho que conheci metade das pessoas de Portugal! Ahah
             Negativo: estive durante muitos anos a acordar às 5h20. Não foi fácil.

            Considera-se uma entidade “famosa”?

         Semi-famosa. Agora, reconhecem-me muito pela voz. Pela imagem, ainda consigo passar despercebida. Mas o OK KO deu-me um empurrão mediático valente.

       Estreou-se como apresentadora de televisão na TVI, tendo recentemente apresentado o programa OK KO. Acha que isso pode ter sido uma oportunidade para ingressar pelo mundo da apresentação televisiva? Substituiria a rádio pela televisão?

             A televisão nunca será um passo depois da rádio, será sempre um complemento.
Com quem gostaria de fazer uma parceria, sendo essa ou em rádio ou em televisão?
No momento, temos o João Manzarra na CidadeFm e está a ser um desafio curioso. Já tive oportunidade de trabalhar com alguns elementos que agora estão na rádio Comercial, a nível de rádio, como estamos todos os dias ligados porque trabalhamos no mesmo edifício nem penso muito nisso. Adorava voltar a trabalhar com a Joana Azevedo também. Na televisão, tive oportunidade de trabalhar com o João Paulo Rodrigues. Se pudesse, voltava a trabalhar com ele e gostava de perceber também o método da Teresa Guilherme. Cresci a ver a Teresa Guilherme e a Catarina Furtado e estão bem presentes na minha cabeça.

             Tem algum sonho que ainda não cumpriu?

             Sim, ainda não tenho cães mas já tenho nomes para eles.

             Como gostava que fosse a sua vida daqui para a frente?

            Se tiver muito disto serei bastante feliz: rádio, televisão, sushi, amigos, cães e um terraço.

              Se a sua vida fosse uma música, neste momento, qual seria?

             É das perguntas mais difíceis de responder quando trabalhamos diariamente com centenas de músicas e temos um gosto bastante eclético. Posso, no entanto, escolher as minhas favoritas de hoje:
Ellie Golding “Burn”
Jonh Legend “All of me”

        Considera que a música tem evoluído a um ritmo muito acelerado em comparação com alguns anos atrás, onde uma música ficava em voga muitos meses/anos?

             Tem a ver com o aumento da oferta e com a capacidade que as pessoas têm de se fartar das coisas pela intensidade com que as consomem. Antes tudo era para a vida, o relacionamento, a casa, a profissão. Agora, vivemos o momento de forma muito intensa. Usa-se, abusa-se e venha o próximo.

               Se pudesse voltar com o tempo atrás, o que faria de forma diferente?

              A nível profissional, não mudava nada. Estou muito orgulhosa do meu percurso. A única coisa que mudava (e que ainda não consigo controlar) é a camada de nervos que tenho sempre que cada desafio novo parece.

          Vera, para concluirmos a nossa entrevista, quer deixar uma dica para os jovens?

            Nada se consegue nada sem sacrifício. Lembro-me que no 1º ano da faculdade, os professores aconselharam-nos logo a entrar no mercado. Foi assim que decidi estagiar na 1ª rádio onde estive. É muito importante começar desde bem cedo a contactar com aquilo que queremos fazer um dia. Quando terminei a faculdade, já tinha uma base prática muito acima da média dos estudantes. O ideal é tentar perceber o que realmente se quer fazer, o que realmente se gosta e ir sempre trabalhando e estudando nesse sentido, um dia a oportunidade chegará.


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