Entrevista por: Inês Cardoso
Vera
Fernandes, mais conhecida por Verinha
Mágica na Cidade FM, esteve hoje connosco para nos revelar alguns dos seus
segredos. Nascida a 10 de Setembro de 1982 em Lisboa, tem apenas 31 anos de
idade e uma carreira como jornalista invejável, conseguida com muito empenho e
dedicação. Acabou os estudos e logo percebeu que a sua vocação estava na área
da Comunicação. Assim, entrou para a faculdade e desde logo começou a trabalhar
numa rádio local, vivendo unicamente disso mesmo sem o seu pai acreditar. Diz
viver para a música e para o sushi, sonha ter cães, filhos e um terraço.
Vera, quer-nos contar como tudo começou?
Na
secundária, estava em Economia e quando chegou a hora de decidir o curso da
faculdade, percebi que não estava no sítio certo. Fui à psicóloga da escola,
ela deu-me um calhamaço com profissões e eu decidi: quero ser jornalista. Entrei
para Comunicação, comecei a estagiar numa rádio local a ler o trânsito e
notícias e pensei: acho que gosto mais daquilo que aquele ele está ali a fazer. Diz o
que quer e põe música. Mudei para outra rádio local, já na área musical e, no
final do curso, mandei o meu Curriculum para a CidadeFM. Eles acharam piada à
miúda e cá estou eu.
Sente-se completamente concretizada
profissionalmente?
Sim,
agora estou muito satisfeita mas gostava que os desafios profissionais
continuassem a surgir na área da rádio, televisão, moda, escrita. Gostava que o
meu percurso profissional fosse tudo menos rotineiro. Sou muito criativa e
gosto de desafios, o ideal será continuar na rádio (que é a minha
especialidade) e paralelamente concretizar outros projectos.
Qual foi o momento de rádio que fez e que mais a
marcou?
Positivo: todos os anos em que estive na rua a
fazer reportagens diárias com Verinha Mágica para o programa da manhã e tarde
da CidadeFm. Todos os dias falava com dezenas de pessoas, tinha peripécias
diferentes, acho que conheci metade das pessoas de Portugal! Ahah
Negativo: estive durante muitos anos a acordar às
5h20. Não foi fácil.
Considera-se uma entidade “famosa”?
Semi-famosa. Agora, reconhecem-me muito pela voz.
Pela imagem, ainda consigo passar despercebida. Mas o OK KO deu-me um empurrão
mediático valente.
Estreou-se como apresentadora de televisão na TVI, tendo recentemente apresentado o programa OK KO. Acha que isso pode ter sido uma
oportunidade para ingressar pelo mundo da apresentação televisiva? Substituiria a
rádio pela televisão?
A televisão nunca será um passo depois da rádio,
será sempre um complemento.
Com quem gostaria de fazer uma parceria, sendo
essa ou em rádio ou em televisão?
No momento, temos o João Manzarra na CidadeFm e
está a ser um desafio curioso. Já tive oportunidade de trabalhar com alguns
elementos que agora estão na rádio Comercial, a nível de rádio, como estamos
todos os dias ligados porque trabalhamos no mesmo edifício nem penso muito nisso.
Adorava voltar a trabalhar com a Joana Azevedo também. Na televisão, tive
oportunidade de trabalhar com o João Paulo Rodrigues. Se pudesse, voltava a
trabalhar com ele e gostava de perceber também o método da Teresa Guilherme.
Cresci a ver a Teresa Guilherme e a Catarina Furtado e estão bem presentes na
minha cabeça.
Tem algum sonho que ainda não cumpriu?
Sim, ainda não tenho cães mas já tenho nomes para
eles.
Como gostava que fosse a sua vida daqui para a
frente?
Se tiver muito disto serei bastante feliz: rádio,
televisão, sushi, amigos, cães e um terraço.
Se a sua vida fosse uma música, neste momento,
qual seria?
É das perguntas mais difíceis de responder quando
trabalhamos diariamente com centenas de músicas e temos um gosto bastante
eclético. Posso, no entanto, escolher as minhas favoritas de hoje:
Ellie Golding “Burn”
Jonh Legend “All of me”
Considera que a música tem evoluído a um ritmo
muito acelerado em comparação com alguns anos atrás, onde uma música ficava em
voga muitos meses/anos?
Tem a ver com o aumento da oferta e com a
capacidade que as pessoas têm de se fartar das coisas pela intensidade com que
as consomem. Antes tudo era para a vida, o relacionamento, a casa, a profissão.
Agora, vivemos o momento de forma muito intensa. Usa-se, abusa-se e venha o
próximo.
Se pudesse voltar com o tempo atrás, o que faria
de forma diferente?
A nível profissional, não mudava nada. Estou muito
orgulhosa do meu percurso. A única coisa que mudava (e que ainda não consigo
controlar) é a camada de nervos que tenho sempre que cada desafio novo parece.
Vera, para concluirmos a nossa entrevista, quer
deixar uma dica para os jovens?
Nada se consegue nada sem sacrifício. Lembro-me que no 1º ano da faculdade, os professores aconselharam-nos logo a entrar no mercado. Foi assim que decidi estagiar na 1ª rádio onde estive. É muito importante começar desde bem cedo a contactar com aquilo que queremos fazer um dia. Quando terminei a faculdade, já tinha uma base prática muito acima da média dos estudantes. O ideal é tentar perceber o que realmente se quer fazer, o que realmente se gosta e ir sempre trabalhando e estudando nesse sentido, um dia a oportunidade chegará.
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